Trabalha na alteração da lei de supervisão financeira estão na fase final, incluindo, inter alia, opiniões e consultas. Nos regulamentos alterados, a PFSA deseja obter novos poderes, que na prática permitir que o governo bloqueie o o a serviços financeiros e sites que operam ilegalmente. A Comissão explica isso numa comunicação.
– O objetivo da alteração proposta pela Autoridade de Supervisão Financeira da Polónia é reforçar os poderes da Comissão no domínio da neutralização da prestação de serviços financeiros através de vários tipos de plataformas de Internet por entidades não autorizadas – lemos no comunicado. – O projeto responde principalmente às ameaças identificadas no mercado FOREX, mas estende os mecanismos introduzidos de proteção dos participantes não profissionais do mercado financeiro a todos os setores deste mercado sujeitos à supervisão da Autoridade de Supervisão Financeira da Polónia.
Graças ao novo regulamento, o Instituto prevê condições mais precisas para a inclusão dos nomes dos domínios da Internet utilizados para a prestação de serviços financeiros por entidades não autorizadas na lista de avisos públicos da PFSA.
– Ao mesmo tempo, a PFSA ganharia o direito de manter um registro especial no qual seriam inseridos os nomes dos domínios da Internet que constavam da lista de advertências públicas da KNF – explica o comunicado. – Inserindo o nome de domínio no registro de domínios reservados resultaria na obrigação de bloquear o o a essas páginas por ISPs individuais. O registo é uma solução TIC e permite aos fornecedores obter automaticamente informações sobre o domínio inscrito no registo. Este tipo de mecanismo foi emprestado do Gambling Act (alteração de dezembro de 2016 – entrou em vigor em 1 Abril de 2017) – lembra a Autoridade de Supervisão Financeira da Polônia.
Em suas explicações, o PFSA se refere, por exemplo, ao poder de bloquear sites selecionados que, como parte da luta contra o jogo ilegal na Internet, é propriedade do Ministério das Finanças. A Agência de Segurança Interna também tem a capacidade de bloquear sites suspeitos de conduzir atividades criminosas. Assim, após a introdução da alteração prevista, a PFSA seria mais uma entidade estatal que poderia decidir sobre a disponibilização de conteúdos específicos na web, junto à Oficina de Concorrência e Defesa do Consumidor, que a a obter o direito de bloqueio de sites em com base na regulamentação da União Europeia.
Desconhece-se a data exata de implementação da alteração que confere à KNF poderes adicionais para bloquear sites. Embora a comissão enfatize que seu motivo é proteger os poloneses contra fraudes financeiras melhor do que antes, é a introdução de novos regulamentos especialistas em liberdade digital se opõem fortemente.
Em conversas com Wirtualnemedia.pl, eles não escondem suas preocupações de que a KNF se tornará outro escritório autorizado a realmente censurar conteúdo na web sem a supervisão e decisão do tribunal. Esses são os argumentos usados por Wojciech Klicki, advogado da Fundação Panoptykon.
– Estamos a falar de serviços financeiros ilegais, cuja prestação é crime – lembra Wojciech Klicki. – No entanto, ao invés de seguir o caminho tradicional do crime de constatar a existência de uma violação da lei, o comitê quer garantir o direito de censurar conteúdo na Internet. Em vigor o secretário da comissão decidirá o que está disponível online. Isso é extremamente perigoso, especialmente considerando que a decisão de bloqueio não requer aprovação judicial.
O advogado da Fundação Panoptykon enfatiza que estamos observando atualmente uma tendência mais ampla de bloquear sites na Internet por autoridades e instituições estatais.
– O ABW e o Ministério das Finanças que o podem fazer hoje vão juntar-se à Autoridade Polaca de Supervisão Financeira e ao Gabinete de Comunicações Electrónicas, que vão bloquear os sites utilizados para a prestação ilegal de serviços de transporte – frisa Klicki. – Mesmo diante de nossos olhos a internet está se tornando cada vez mais fragmentada por instituiçõesque, sob o pretexto de proteger os interesses fiscais, têm o poder de decidir o que está disponível online e o que não está.
Krzysztof Izdebski, diretor do programa da Fundação ePaństwo, percebe os novos poderes da Autoridade de Supervisão Financeira da Polônia e as ameaças relacionadas de forma semelhante a Klicki.
– A Fundação ePaństwo geralmente se opõe à introdução de restrições à disponibilidade de conteúdo da Internet – ite Krzysztof Izdebski. – Nós acreditamos que os riscos são desproporcionais ao benefício a ser obtido. Queremos dizer, em primeiro lugar, o fenômeno do “caminho fácil” das autoridades competentes, para o qual a forma mais simples de eliminar um dado fenômeno é uma tentativa (enfatizo a palavra “tentativa” porque tecnologicamente são ações fadadas ao fracasso) limitar a disponibilidade de determinado conteúdo do que conduzir tal política, em cooperação com outras instituições que irão efetivamente eliminar o fenômeno ilegal e punir os responsáveis. É o que demonstra, por exemplo, o exemplo da Amber Gold, em que o facto de a oferta da empresa estar disponível na Internet não teve grande impacto no fenómeno da atribuição de fundos. Foi o culpado pela falta de comunicação e coordenação entre as instituições relevantes.
De acordo com um especialista da Fundação ePaństwo restrição de o não é eficaz devido ao fato de que tal bloqueio é relativamente fácil de contornar e o serviço pode ser aberto em um endereço diferente.
– Também há casos em que A Autoridade de Supervisão Financeira da Polônia pode simplesmente cometer um erro e inserir um produto legal na lista – avisa Izdebski. – Para a atividade jurídica, pode significar o seu fim, como o retorno à funcionalidade ainda dentro de um período 3 dias após o bloqueio, afeta a perda de clientes – afinal, a internet funciona sem parar.
Segundo o nosso interlocutor, o caso também deve ser visto como um fenómeno mais amplo e uma tendência perigosa das autoridades polacas.
– As disposições sobre a Autoridade de Supervisão Financeira Polonesa (KNF) são apenas parte das atividades destinadas à realização de negócios na Internet, incluindo aquelas que, como o Uber, não são atividades ilegais e que podem ser bloqueadas como resultado do Ministério da Projeto de infraestrutura – enfatiza Izdebski. – Embora o assunto aparentemente esteja relacionado a entidades empresariais, vemos uma ameaça à liberdade de expressão e expressão. O que preocupa é a facilidade com que o Estado surge com essas ideias e quais as consequências que isso pode ter para a atuação dos jornalistas que escrevem sobre casos semelhantes – avalia Izdebski.