A campanha anual de informações falsas custa 400.000. dólares. Gigantes da tecnologia entram em guerra com notícias falsas

A campanha anual de informações falsas custa 400.000. dólares. Gigantes da tecnologia entram em guerra com notícias falsas 1

– Nos últimos meses, tem havido muita informação falsa. No caso da eleição presidencial dos Estados Unidos, descobriu-se que as informações falsas se espalham muito mais amplamente nas redes sociais do que as informações reais divulgadas pelos principais meios de comunicação, enfatiza o Dr. Dominik Batorski, professor assistente do Centro Interdisciplinar de Modelagem Matemática e Computacional da Universidade de Varsóvia.

Dados do BuzzFeed News mostram que durante a última eleição presidencial nos Estados Unidos, a popularidade de informações falsas superou a das reais. Entre as notícias falsas mais compartilhadas pelos usuários do Facebook durante esse período estavam materiais sobre o suposto apoio a Donald Trump pelo Papa Francisco, ou a divulgação planejada pelo WikiLeaks da correspondência de Hillary Clinton com combatentes do ISIS. Artigos falsos sobre as eleições se acumularam 8,7 milhões de visualizações, curtidas e comentários de 7,3 milhões que coletaram notícias reais.

– As pessoas ganham dinheiro espalhando informações na web e muitas vezes informações falsas, que chocam mas atingem os gostos, visão de mundo e crenças de uma determinada parte do público, podem se espalhar muito amplamente e gerar um grande número de cliques, page views, mais ações. Graças a isso, eles permitem que você ganhe um bom dinheiro com publicidade e esse mecanismo de ganho nas eleições americanas foi importante – explica o Dr. Dominik Batorski.

De acordo com o relatório da Trend Micro “The Fake News Machine: How Propagandists Abuse the Internet and Manipulate the Public”, o custo de uma campanha de notícias falsas anual, bem preparada e credível está no nível de PLN 400.000. dólares. Por 50 mil. dólares, você pode comprar uma campanha desacreditando um jornalista. Outros “serviços” que podem ser adquiridos pela quantia certa de dinheiro incluem criar uma celebridade falsa ou colocar um partido político sob pressão constante.

– As fontes de notícias falsas são muito diferentes. São pessoas que querem ganhar dinheiro com isso, por exemplo, durante a campanha presidencial nos Estados Unidos descobriu-se que uma parte muito grande dessa informação foi produzida por adolescentes da Macedônia, que ganharam dinheiro com isso. O segundo grupo é a informação produzida para fins de influência política, a fonte pode ser inteligência estrangeira ou uma das forças políticas. As suspeitas variam, e nem sempre é fácil encontrar provas concretas, aponta o especialista.

Pesquisa da Universidade de Stanford mostra que mais de 80 por cento. Os estudantes americanos não distinguem informações patrocinadas de textos informativos. Um estudo do Instituto ARC Rynek i Opinia encomendado pela agência de Diálogo Público indica que na Polônia 42 por cento. jornalistas veem notícias falsas pelo menos várias vezes por semana. 43 por cento e itiu que acreditou em pelo menos uma dessas informações dentro de um mês.

– São principalmente os utilizadores das redes sociais que divulgam esta informação. Não verificamos necessariamente todas as informações que recebemos, podemos encaminhar mensagens que não verificamos, não lemos, nas quais não sabemos do que se trata e o risco é particularmente alto quando essa informação atende ao nosso gosto e pontos de vista – argumenta o Dr. Batorski.

A verificação de conteúdo e o combate às fake news são prometidos pelas maiores empresas de tecnologia: Facebook ou Google. Uma nova iniciativa para restaurar a confiança no conteúdo foi lançada por 19 organizações, e US$ 14 milhões serão destinados ao combate às notícias falsas.

– Serviços como Google ou Facebook eles testam soluções que permitem que informações falsas sejam marcadas para que fique claro para os usuários que essas informações são falsas. Por outro lado, as ações educativas são importantes, além de conscientizar os usuários e aumentar sua competência na avaliação da informação. Terceiro, está melhorando a qualidade da própria mídia. Na Noruega, existe uma iniciativa para que todos os meios de comunicação criem um serviço de verificação de fatos que verifique e avalie a credibilidade das informações individuais. Talvez também precisemos de iniciativas desse tipo na Polônia, resume o Dr. Dominik Batorski.