Os editores europeus querem uma legislação baseada em parte no projeto de lei australiano para forçar o Facebook e o Google a pagar certas quantias por trechos publicados de artigos de jornal. No caso de os gigantes digitais não concordarem em pagar, a UE – segundo os editores – deve levar à arbitragem, e o resultado deve ser vinculativo em ambas as plataformas.
Em dezembro, a Comissão Europeia apresentou um projeto de nova regulamentação para regular o mercado digital, segundo a qual as empresas de tecnologia norte-americanas serão ameaçadas com multa de até 10%. volume de negócios anual, eles também podem ser divididos se não respeitarem os regulamentos da UE. Os editores da imprensa querem que este projeto inclua uma cláusula relativa a taxas de conteúdo de mídia usado pelo Google e pelo Facebook, escreve a Bloomberg.
A proposta da CE é a tentativa mais séria de regulamentar as atividades de gigantes tecnológicos como Amazon, Apple, Facebook e Google. O setor de mídia viu uma oportunidade de ar por seus postulados quando a reação do Facebook ao projeto de regulamentar suas atividades na Austrália gerou indignação generalizada, diz Bloomberg.
Jacek Wojtaś, coordenador de assuntos europeus na Chamber of Press Publishers, disse em uma entrevista para Wirtualnemedia.pl que o lobby para que gigantes digitais paguem editores por conteúdo publicado em suas plataformas vem acontecendo desde 2016. – Ao mesmo tempo, porém, é preciso lembrar que, por outro lado, existe um contra-lobby poderoso, que atrasa e dificulta significativamente os trabalhos. Em países onde os editores têm apoio do governo, as coisas estão indo melhor e você pode ver os resultados, por exemplo, na França – diz Wojtaś.
Editores ses chegaram a um entendimento com as plataformas
A França está na vanguarda das conversas com plataformas digitais. Na sexta-feira ada, após meses de disputas de direitos autorais, o Google se comprometeu a pagar à imprensa sa cerca de 63 milhões de euros. Organizações de jornalistas, no entanto, criticam a falta de solidariedade na postura da mídia em relação ao gigante digital americano
A Alphabet, controladora do Google, concordou em pagar cerca de € 63 milhões a um grupo de veículos de mídia ses em troca do fim das disputas de direitos autorais. O montante da compensação é de 18 milhões de euros por ano para os próximos 3 anos mais 10 milhões para encerrar a disputa.
Austrália em censurado
quinta-feira Facebook impediu que usuários australianos assem e compartilhassem informações de notícias devido a um projeto de lei em tramitação no Parlamento australiano que previa a introdução de taxas para gigantes da tecnologia pela disseminação desse conteúdo. A decisão gerou indignação tanto entre os australianos quanto entre as autoridades do país. O governo no comunicado divulgado destacou que a decisão do Facebook “põe em risco a sua credibilidade”. Na quarta-feira, um projeto de lei que introduz taxas para a distribuição de conteúdo de notícias foi aprovado pela Câmara dos Representantes (câmara baixa) do Parlamento australiano.
Google e Facebook, argumentam que o ato não reflete as especificidades da Internet e “penaliza injustamente” suas plataformas. A Autoridade de Concorrência australiana disse que elaborou um projeto de lei para “nivelar o campo de jogo” entre os gigantes digitais e as editoras de mídia tradicional sobre a participação nos lucros.
Em uma declaração emitida 8 Em fevereiro, o Sindicato dos Editores Independentes de Informação na Internet (Spiil) lamentou que a mídia sa não tivesse construído uma “frente única” contra o Google e que nem todos seriam pagos por conteúdo online.
“Modelo de plataforma de negócios: capitalismo de vigilância”
No início de fevereiro deste ano. Ursula von den Leyen, chefe da Comissão Europeia, em resposta a uma carta de Mathias Döpfner, CEO Axel Springer, explicou que “o poder crescente e a influência econômica das maiores plataformas da Internet são preocupantes, e a Comissão Europeia quer democraticamente e regulamentar legalmente seu modelo de negócios, que hoje pode ser chamado de “capitalismo de vigilância”. – O modelo de negócio das plataformas online influencia a concorrência livre e justa, mas também influencia a democracia, a segurança e a qualidade da informação que chega aos europeus – sublinha Ursula von der Leyen.
No quarto trimestre do ano ado Facebook alcançou receita recorde (US $ 28,07 bilhões) e lucro líquido (11,2 bilhões de dólares). Ele já usa seus serviços e aplicativos mensalmente 3,3 bilhões de usuários da Internet, e apenas do Facebook – 2,8 bilhão A empresa obtém ganhos trimestrais para cada usuário 8. $ 62.