A HUAWEI não parece ter se recuperado da proibição comercial dos EUA, já que a empresa relatou uma queda acentuada em seus ganhos durante os resultados do primeiro semestre de 2021 hoje. A receita do HUAWEI caiu para CNY320.4 bilhões (~ $ 49.5 bilhões) no último trimestre, um declínio de quase 30% com relação ao ano anterior.
Apesar da receita em declínio, o presidente da HUAWEI, Eric Xu, afirma que a empresa definiu seus “objetivos estratégicos para os próximos cinco anos”. Ele diz que a empresa fará de tudo para “sobreviver”.
“Estamos confiantes de que nossas operadoras e negócios corporativos continuarão a crescer de forma constante”.
Em uma nota ligeiramente positiva, porém, a empresa relatou um 0.6% de aumento nos lucros, acima de 9.2% no primeiro semestre de 2020 a 9.8% em 2021. A HUAWEI diz que seus negócios corporativos, que contribuíram com apenas uma pequena quantia de mais de CNY 42 bilhões, estão crescendo e são os de crescimento mais rápido entre os três restantes. Além disso, a empresa afirma não ter planos de reduzir o quadro de funcionários ou encerrar seus negócios no exterior.
Um dos principais fatores dessa queda de receita é o atraso na implantação do 5G na China. A China Mobile, uma das maiores operadoras da China, adiou seu leilão 5G de 700 Mhz para meados de julho. A HUAWEI esperava cunhar dinheiro com a venda desta licitação, pois a empresa havia garantido 60% do contrato.
Sua divisão móvel também não está indo bem. A empresa foi classificada abaixo do OPPO, Vivoe até a Motorola em termos de vendas de smartphones, já que a Xiaomi eliminou a lacuna com a Samsung.
Com o governo dos EUA não mostrando sinais de facilitar as coisas para a HUAWEI com relação às restrições comerciais existentes – e tornou as coisas ainda mais complicadas para o comércio de equipamentos 5G no início deste mês – resta saber como a empresa traça seu plano de negócios para os mercados internacionais.