Ariana Said, a maior estrela pop feminina do país, fugiu do Afeganistão na quinta-feira. A cantora está agora na Turquia, em Istambul. Said, que foi jurado da versão afegã de “The Voice”, apoiou os militares afegãos muitas vezes antes de se renderem ao Taleban.
Outras celebridades afegãs também temem punições por militantes islâmicos que, segundo a lei Sharia, proíbem estritamente, entre outros, ouvindo música. O conteúdo postado online por usuários afegãos da Internet – especialmente mulheres e minorias – pode colocá-los em risco.
Estrelas afegãs estão desaparecendo do Instagram
Sadiqa Madagar, influenciador e participante do programa “Afghan Star”, ela excluiu suas contas de mídia social no domingo. No YouTube, ela foi seguida por 21 mil. pessoas, no Instagram 182 mil. Ela é uma muçulmana praticante, ela apareceu em seus vídeos com o cabelo coberto. Ela publicou conteúdo relacionado ao entretenimento, mas no sábado ela dedicou o post a eventos atuais.
“Não gosto de expressar minha dor online, mas estou farta disso. Meu coração se parte quando vejo esta terra, minha pátria, sendo lentamente destruída diante dos meus olhos”, escreveu ela.
Ajeda Szadab, seguido no Instagram por 290.000. pessoas e no TikTok por 400.000, ela era considerada um ícone da moda no Afeganistão. Todos os dias ela exibia roupas que podiam ser compradas em sua butique exclusiva em Cabul. Durante uma entrevista para a televisão alemã ZDF, ela não tinha ilusões sobre o que o regime do Taleban significava para mulheres de profissão semelhante. “Mulheres como eu, que não cobrem a cabeça e trabalham, não são aceitas” – observou.
Shadab deixou o país e agora está na Turquia, conforme noticiado em suas redes sociais.
Já existem mortes entre influenciadores afegãos. O jogador de futebol de 19 anos Zaki Anwari morreu quando caiu de um avião americano que tentava escapar de Cabul.
Facebooksucumbindo à pressão de ativistas e jornalistas, introduziu novos procedimentos de segurança que permitem aos usuários afegãos da plataforma bloquear rapidamente suas contas. Ele também informou sobre um centro de operações especiais que “se manterá informado sobre novas ameaças”.
A organização não governamental americana Human Rights First publicou conselhos para os afegãos para ajudá-los a deletar sua história na mídia social, informou a AFP.