Em abril, o governo aprovou um projeto referente ao chamado pacote de IVA de e-commerce, que mudaria significativamente o mercado internacional de venda de encomendas.
O objetivo das alterações introduzidas é restringir o IVA no comércio transfronteiriço e simplificar as obrigações relacionadas com este imposto para as empresas que vendem bens e serviços transfronteiras. A Polónia é obrigada a introduzir estas alterações devido à implementação da diretiva da UE para 1 Julho deste ano.
A organização Lewiatan escreveu uma carta sobre este assunto a Elżbieta Witek, o Marechal do Sejm, na qual apelava à aprovação urgente de uma lei sobre este assunto. – Pelo facto de ser de grande importância para as empresas que operam no sector do comércio electrónico e tendo em conta a necessidade de preparar procedimentos e actualizar previamente os sistemas de liquidação para a aplicação das novas regras de liquidação do IVA nas transacções transfronteiriças. Os novos regulamentos que implementam o pacote de IVA do comércio eletrônico devem ser aplicados a partir de 1 Julho de 2021, ou seja, de acordo com as diretrizes da Comissão Europeia – comentários Przemysław Pruszyński, consultor fiscal, especialista da Confederação Lewiatan.
A falta de regulamentação até então pode significar dificuldades para os empresários poloneses em fechar transações com empresas estrangeiras. – Falta muito pouco tempo para aprovar o ato, ainda mais para que tais mudanças significativas não devam ser introduzidas praticamente da noite para o dia – indica a Confederação Lewiatan.
Empreendedores nacionais serão beneficiados
A introdução do pacote de comércio eletrónico deve afetar, acima de tudo, a competitividade dos empresários da UE em relação a países fora da UE (trata-se principalmente de envios da China).
Os regulamentos fornecem, inter alia, a eliminação da isenção do IVA de importação à escala da UE para as encomendas com um valor até 22 euros, visam também facilitar a venda de bens importados de países terceiros, quando o seu valor real não excede 150 euros. Em resumo, a Comissão Europeia deseja reduzir significativamente o número de pacotes de produtos isentos de impostos de países não pertencentes à UE.