Em meados de julho deste ano, surgiram informações sobre o projeto de implantação de um cadastro central de sites que oferecem bens e serviços ilegais e o bloqueio de tais sites.
Em conversas com Wirtualnemedia.pl, representantes de organizações que lidam com a proteção da liberdade e privacidade na Internet não esconderam sua preocupação com este conceito na época, alguns deles eles simplesmente chamaram de um plano para introduzir censura na Internet.
Na quarta-feira, o Ministério da Digitalização (MC) anunciou que desistia dos planos de criação de uma central de cadastro de sites relacionados a atividades ilegais. O ministério explica que tomou esta decisão “após análises, e também pelo facto de as propostas de eventual bloqueio de alguns sites não terem sido aceites”.
Não queremos censura na internet
Na quarta-feira Wirtualnemedia.pl foi convidado para o Ministério de Assuntos Digitais para uma reunião fechada, durante o qual o chefe do ministério, Marek Zagórski explicou os bastidores da decisão do MC e respondeu a perguntas relacionadas.
Ministro ele não escondeu sua decepção o fato de que o projeto proposto por MC foi percebido por alguns círculos e pela mídia como um desejo de controlar e censurar a Internet. Ele também itiu que, inter alia, essas suspeitas levaram ao abandono do conceito de um registro de domínio central, embora essas não tenham sido as únicas razões.
– Depois de apresentarmos nossa proposta de criação de um registro central de domínios da Internet, surgiram opiniões, tanto de várias organizações quanto da mídia, de que pretendemos censurar a Internet – lembrou Marek Zagórski. – Destaco que as sugestões de que o Ministério da Digitalização ou o governo visavam limitar a liberdade de expressão na Internet em um sentido amplo estão completamente errados. Claro, a questão ainda permanece aberta a Internet permanece para sempre um espaço de liberdade totalmente ilimitada e desimpedidaou deveria estar sujeito a certos rigores relacionados, por exemplo, à segurança do estado e dos cidadãos. Essas discussões ainda estão acontecendo e provavelmente continuarão por muito tempo, também dentro do nosso ministério.
Zagórski confirmou que a proposta de criação de um cadastro central de páginas foi uma resposta técnica a projetos emergentes.
– Foi, entre outros que ao lado do registro já em funcionamento de sites de jogos ilegais mantido pelo Ministério das Finanças executar uma lista semelhante de sites onde drogas legais são vendidas O ministro revelou. – Então, propusemos criar um registro central em vez de dois ou mais, a fim de para facilitar o funcionamento de todo o sistema. Participação na criação do conceito de cadastro central eles também tinham operadoras de telecomunicaçõesque sublinhou que, em caso de introdução de disposições que permitam o bloqueio de sites para além do que está atualmente previsto na lei de jogo, será tecnicamente muito mais fácil para eles controlar uma base de dados de endereços em vez de vários registos dispersos e separados.
O chefe do ministério da digitalização enfatizou no contexto de vários projetos em que o trabalho está em andamento que Via de regra, o Ministério da Digitalização é contra o bloqueio de o a sites.
– Entretanto, após apresentar o conceito de um registo central a impressão era outra, e nosso resort defende a ideia de bloquear sites. Não é verdade – enfatizou Zagorski. – Só propusemos uma solução tecnicamente racional caso existam regulamentos que permitem a várias entidades criar as suas próprias bases de dados de páginas elegíveis para bloqueio.
O ministro afirmou que talvez dentro do governo os trabalhos que visam fornecer a determinados ministérios ou instituições a possibilidade de bloquear sites continuarão. Zagórski ressalta, porém, que durante as consultas dentro do governo MC se manifestou e continuará a se manifestar contra esse tipo de restrição online.
Não haverá vigilância de usuários da Internet
O chefe do ministério da digitalização também se referiu a um dos elementos do projeto de cadastro central de sites, que previa o o de certas entidades a dados sobre quem tentaria visitar sites previamente bloqueados. Os representantes da Fundação Panoptykon chamaram a atenção para este tópico como particularmente perigoso em uma entrevista com Wirtualnemedia.pl, já que em sua opinião o fornecimento planejado seria uma porta de entrada para uma ampla vigilância online dos usuários.
– O fornecimento de o a dados de telecomunicações foi uma consequência de um incidente ocorrido no caso do atual ato de jogo e do registo de bloqueio associado – revelou Zagorski. – O bloqueio foi contornado, em consequência do que o usuário alcançou uma página proibida. Portanto, o Ministério das Finanças propôs que o o a dados ao entrar em páginas bloqueadas, no entanto, sem intenção de ninguém não havia rastreamento de usuários de internet e verificação de quais sites eles visitam. Tratava-se apenas da capacidade de determinar qual dos operadores permite o o às páginas bloqueadas e dos dados macro, não “direcionar” a usuários específicos.
Zagórski não respondeu diretamente à questão se a renúncia do MC ao conceito de registro de domínio central e a possível retirada de outros ministérios de projetos semelhantes foi inspirado pelo Primeiro Ministro Mateusz Morawiecki. Ele se limitou a dizer que o chefe do governo é geralmente contra qualquer forma de censura na internet.
No Facebook, você precisa de “regulamentos poloneses”
Em uma entrevista com o chefe do ministério da digitalização, Wirtualnemedia.pl voltou ao projeto MC para criar uma equipe de mídia social que facilitaria os contatos entre sites de mídia social e usuários e ajudaria na resolução de quaisquer questões controversas.
– O trabalho nessa solução ainda está em andamento – confirmou Zagórski. – A ideia é criando um formulário ativo que agilizará e facilitará os contatos entre as redes sociais e os usuários sem ter que contratar um exército de funcionários para lidar com casos individuais. Devo itir, infelizmente, que alguns dos sites de redes sociais com os quais conversamos recentemente, deu meio o atrás em suas declarações. É preciso lembrar que neste projeto, como no caso do registro de sites, estamos abordando a questão geral da liberdade e da liberdade de expressão na Internet.
O Ministro da Digitalização acredita que o conceito de criar uma plataforma intermediária nos contatos e resolver disputas entre as redes sociais e os usuários é apenas um elemento de soluções mais amplas, que deve estar associada à liberdade de expressão na Internet.
– Há algum tempo, temos incentivado os sites de redes sociais a criar o que chamamos de “regulamentos poloneses” – revela Zagórski. – Na verdade, estamos tentando pe. adaptar os procedimentos dessas plataformas para, por exemplo, nosso contexto cultural. Enfatizo que não se trata, por exemplo, Facebook se o Google introduziu versões locais dos regulamentos para países individuais. No entanto, entre as diretrizes e instruções usadas por es de plataformas de mídia social pode haver elementos que explicam a especificidade local da língua, cultura e costumes. Então, talvez, não haja uma situação em que o conteúdo absolutamente aceitável para os usuários poloneses seja removido porque não atende aos padrões globais incluídos nos regulamentos do site.
Zagórski ite que o governo polonês se necessário tem a capacidade de introduzir regulamentos apropriados no funcionamento das redes sociais em nosso país, e talvez no futuro, soluções semelhantes às aplicadas, por exemplo, pelo governo alemão na questão de remover o ódio, serão necessárias. O ministro da digitalização não esconde, porém, que seria melhor se houvesse mecanismos adequados no combate a fenômenos nocivos nas redes sociais conseguiu ser resolvido em cooperação com os sites.