Sérgio Dávila, redator-chefe deste título, informou sobre a decisão da equipe da “Folha de S Paulo”, o maior jornal do Brasil.
Sérgio Dávila acusou o Facebook de afetar negativamente o jornalismo valioso após as recentes mudanças de algoritmo, que favorecem o conteúdo que elicia as respostas do usuário mais vívidas e permite que os internautas decidam sobre a posição dos editores no feed de notícias.
Segundo o editor-chefe da “Folha de S Paulo”, essas mudanças no Facebook abriram as portas para notícias falsas, que têm muito mais engajamento dos leitores do que informações confiáveis veiculadas pelas editoras.
Dávila cita os resultados de sua própria análise de 21 sites que publicaram notícias falsas e 51 páginas de fãs istradas por editoras profissionais no período de outubro de 2017 ao final de janeiro deste ano. Acontece que neste momento as interações com notícias falsas triplicaram, enquanto as de editores diminuíram 17%. O editor-chefe do diário brasileiro vai ainda mais longe, dizendo que a degradação do jornalismo de qualidade já ocorre no Facebook há muito tempo. Segundo ele, do início ao fim de 2017, o número de curtidas, comentários e compartilhamentos de matérias publicadas nos 10 maiores jornais do Brasil diminuiu em um total de 32%.
Nessa situação, conforme explica Dávila, a editora não teve escolha a não ser renunciar à atividade no Facebook. Segundo o anúncio, embora o perfil da “Folha de S. Paulo” atualmente tenha acabado 6 milhões de seguidores não serão liquidados, mas não serão atualizados regularmente. O jornal também não tentará ganhar leitores publicando conteúdo original nos feeds de notícias dos usuários do Facebook.
Há poucos dias, Mark Zuckerberg anunciou que 2018 será um período importante de reparo do Facebook. O site tem planejado mudanças no conteúdo exibido no feed de Notícias, entregando aos usuários a decisão sobre a posição dos editores em Notícias e a distinção das notícias e do conteúdo local nas contas dos usuários.
Em 2017 Facebook registrou US $ 40,65 bilhões. da receita, o que significa um aumento de 47 por cento. em relação a 2016 (US $ 27,64 bilhões). O lucro líquido aumentou de $ 10,22 bilhões para $ 15,93 bilhões. (+ 56%).