Nota: O seguinte artigo irá ajudá-lo com: Por que é melhor comprar um telefone unibody, não um modular
A resposta simples é não. Isso é comparado aos chamados modelos unibody, ou seja, aqueles que não permitem que seus componentes sejam desconectados ou substituídos. Essa ampla categoria inclui as linhas Galaxy, Moto G e Xperia, entre outras.
Mas por que achamos que você deveria aguentar pelo menos um pouco mais?
Preço x especificações
A razão é bem simples: dinheiro. Investir em dispositivos modulares, nestes anos de formação da tecnologia, não vale a pena. Atualmente, os módulos só podem ser encontrados em dispositivos emblemáticos, com preços altos.
Vamos pegar o LG G5, por exemplo, lançado por cerca de US$ 700. Se você deseja investir em módulos LG G5 que aprimoram a câmera, por exemplo, você gastará US $ 279 extras para a câmera 360 e US $ 70 para o CAM Plus.
Ao todo, apenas para os módulos de telefone e câmera, você terá que gastar US $ 1.049.
O Moto Z também não sai barato
Apresentado no Brasil nesta terça-feira (20/7), o Moto Z – o novo carro-chefe da Lenovo – vem com uma gama limitada de módulos (Moto Snaps). O preço de lançamento começará em US$ 624.

Os módulos que a Lenovo lançará custarão US$ 60-90 (as baterias), US$ 80 (coluna JBL SoundBoost) e US$ 300 (Moto Insta-ShareProjector). Portanto, para aumentar seu áudio e bateria, você gastaria US$ 624 no próprio Moto Z + pelo menos US$ 120 em órios, totalizando US$ 744. E se você quiser incluir o projetor no pacote, o preço final é de até US$ 1.044.

Por que você deve optar por um smartphone unibody?
Existem vários dispositivos unibody que podem oferecer desempenho semelhante – em alguns casos até melhor – a um preço mais baixo do que os dispositivos modulares atuais (se incluirmos o preço dos módulos, é claro). O Galaxy S7 Edge, por exemplo, tem especificações impressionantes, uma câmera que, para muitos, é a melhor do mercado, ótima duração de bateria e uma configuração que pode rodar os jogos mobile mais exigentes sem suar a camisa. E faz tudo isso por cerca de US $ 650.

E se o dinheiro estiver curto, você pode optar pelo Galaxy S7, que tem desempenho semelhante e custa em torno de US$ 580. Ou um Galaxy S6 Edge Plus, que agora pode ser encontrado na região de US$ 470. Sem mencionar dispositivos como o Xperia Z5, ou mesmo o LG G4, que podem valer a pena considerar. Ou, se você estiver disposto a importar o Xiaomi Mi 5, Huawei P9 ou OnePlus 3, todos eles oferecem excelente desempenho a um custo menor.
Os módulos precisam chegar à faixa intermediária
Não me entenda mal: acho que os smartphones modulares são uma ótima ideia. A ideia de poder otimizar os recursos de um aparelho é bacana e permite uma maior customização, algo que sempre teve apelo público.
No entanto, anexar o conceito modular a dispositivos de primeira linha é uma má ideia. Esses dispositivos já são caros o suficiente em seus estados de fábrica, e a vontade de investir em módulos é significativamente reduzida, porque nenhum deles é ‘obrigatório’.
Portanto, a melhor coisa a fazer seria esperar que o conceito modular chegasse aos dispositivos de médio porte. Dessa forma, você não terá que gastar muito no aparelho e poderá escolher os módulos que deixarão seu aparelho mais potente. E um bom sinal de que isso pode acontecer em breve é que a Lenovo já anunciou que o Moto Snaps também será compatível com futuros celulares da empresa.
Outra estratégia mais inteligente por parte dos fabricantes de smartphones modulares seria adotar uma espécie de estratégia freemium, ou seja, tornar seus dispositivos mais íveis (US$ 3-400 seria um bom começo), diminuindo sua margem de lucro, mas compensando por meio de a venda de módulos.
Arriscado? Sem dúvida. Mas quem disse que criar um padrão da indústria seria fácil?
O que você acha dos smartphones modulares? Você quer comprar um em breve?