– São muitas as ameaças que aguardam todos os internautas: desde o roubo de identidade, ando pelo o não autorizado a sistemas e roubo de senhas, até as mais avançadas, ou seja, assumir o controle de um computador ou simplesmente de dispositivos de vírus – destaca Piotr Trąbiński, diretor do Santander Universidades Departamento.
Os cibercriminosos estão cada vez mais dispostos a atacar instituições estatais e empresas do setor financeiro. De acordo com um estudo da Fortinet, nos Estados Unidos, em apenas quatro meses, quase 32 milhões de ataques foram direcionados a 400 empresas, das quais 40%. no setor financeiro. Esta indústria também é vulnerável a ataques na Polônia – em abril, de acordo com a IBM X-force, o malware GozNym atacou 17 bancos comerciais e 200 bancos cooperativos.
– Ataques acontecem o tempo todo e são cada vez mais. É por isso que gostaríamos de saber como os bancos se defendem contra isso e como é a cooperação do Estado com os bancos. Temos a impressão de que o Estado não está reagindo com rapidez suficiente nessa área. É importante iniciar um debate para que os jornalistas se interessem mais por este tema e escrevam mais, e assim pressionar políticos e instituições – enfatiza Wiktor Świetlik, jornalista, diretor do Centro de Monitoramento da Liberdade de Imprensa da Associação Polonesa de Jornalistas e vice-presidente do Instituto Staszic.
A auditoria do Supremo Tribunal de Contas na área da segurança dos sistemas TIC e os dados neles armazenados nas instituições públicas mostra que os processos de garantia da segurança da informação são realizados de forma caótica. Também não há procedimentos que regulem todo o processo. O NIK avalia ainda que limitar o âmbito de proteção a apenas algumas informações essenciais pode ter consequências graves, em primeiro lugar, para garantir a continuidade do funcionamento das instituições essenciais ao funcionamento do Estado. Algumas das conclusões do Supremo Tribunal de Contas coincidem com as atividades do Ministério da Digitalização na estratégia de cibersegurança em preparação.
– A cibersegurança é uma área em que, sem parceria público-privada, sem cooperação estreita entre instituições públicas e privadas, pouco pode ser feito. Colocar maior ênfase na cibersegurança por parte de cada instituição pública é um sinal muito positivo – avalia Trąbiński.
A internet também pode ser usada como elemento de guerra cibernética, e especialistas apontam que a ameaça é crescente, principalmente no contexto do conflito na Ucrânia. Portanto, o anonimato completo na web pode ser potencialmente perigoso. Os regulamentos atualmente em vigor na Polónia não permitem uma fácil identificação dos utilizadores da rede.
– Por um lado, deve-se introduzir mecanismos que monitorem a transmissão de informação na rede, por outro, não se pode ir muito longe e deitar fora o bebé com a água do banho. Não podemos fazer da Internet um domínio estritamente monitorado e regulado pelo Estado, então toda a essência da Internet não importará muito – argumenta Trąbiński.
A pesquisa da CBOS mostra que 46%. Os poloneses acreditam que a polícia e serviços como a Agência de Segurança Interna ou o CBA devem ter o mais fácil aos dados da Internet para combater efetivamente o crime cibernético. 30 por cento é a favor do o , e este grupo é dominado por jovens que am muito mais tempo online do que a geração mais velha.
Mais de 60 por cento está convencido de que facilitar o o aos dados pelos serviços aumentará a detecção de crimes, mas, ao mesmo tempo, 70% está preocupado que isso possa violar a privacidade de usuários da Internet que não violam.
As questões de monitoramento do conteúdo publicado também são importantes para os representantes da mídia.
– A lei de imprensa costumava regular em maior medida o que estávamos lidando quando havia mídia institucional e não havia essa democracia para exercer a liberdade de expressão. Hoje, a Internet democratiza a mídia, todos podem ser emissores e receptores de informações ao mesmo tempo, afirma Piotr Waglowski, advogado e autor da Lei VaGla.pl e do serviço de Internet.
Como lembra o especialista, a responsabilidade pode ser do autor do material de imprensa, do editor-chefe e da editora, enquanto o autor pode permanecer anônimo. Se o material não era confiável, estava claro onde registrar uma reclamação. Atualmente, a Internet muitas vezes não oferece essa possibilidade, e os autores que publicam anonimamente na Internet podem ficar impunes.
– Na minha opinião, não existe direito ao anonimato na Internet. Se eu uso a liberdade de expressão, tenho que ser responsável por essa palavra, caso contrário não vivemos em um estado democrático de direito. E isso significa que deve haver uma solução sistêmica que mostre quem deve ser processado em uma situação em que você vai exercer sua liberdade de expressão – argumenta Waglowski. – Estou longe de propor soluções que reduzam o anonimato. No entanto, a liberdade de expressão deve estar relacionada à responsabilidade e, no caso do anonimato, não existe essa responsabilidade, ressalta.