O o à saúde ainda é um grande desafio para o país. De acordo com relatório da Presidência do Conselho de Ministros (PCM) divulgado no ano ado, 51% dos hospitais do Ministério da Saúde apresentam deficiências nas suas infraestruturas e 77,8% dos estabelecimentos de saúde de primeiro nível de atenção (postos de saúde, postos e centros médicos), possuem equipamentos obsoletos, inoperantes ou insuficientes. O problema é especialmente sério nas áreas rurais.
“Muitas vezes as pessoas não têm posto médico próximo e o mais ível é o hospital regional. Infelizmente, eles têm que viajar horas para encontrar atendimento médico, mesmo para consultas de cuidados primários. Essa lacuna pode ser reduzida graças ao uso da telemedicina e da tecnologia médica ”, explica Rafael Romero Hassinger, gerente do Grupo Martins & Romero, empresa peruana especializada em Soluções Tecnológicas em Telemedicina, Inteligência Artificial e Dispositivos de Monitoramento Médico Contínuo.
Estas são algumas medidas que poderiam ser tomadas para diminuir a lacuna no o à saúde e garantir que toda a população seja atendida.
- Falta de médicos e especialistas. Existem 70 mil médicos no país, mas sua distribuição é muito desigual. De cada dez médicos cadastrados, seis estão concentrados em Lima e Callao. Os 40% restantes estão distribuídos por todo o Peru, deixando as áreas mais remotas e dispersas do país em maior desvantagem. Isso torna o atendimento em áreas rurais muito difícil. Com os aparelhos adequados, um enfermeiro ou técnico de saúde – cuja presença é mais frequente que a de médicos – pode fazer exames e tirar imagens, que depois podem ser enviadas aos médicos de qualquer hospital do país para um diagnóstico correto.
- Tecnologia ível. Hoje, a tecnologia avançou tanto que é possível adquirir dispositivos médicos portáteis e íveis. É o caso da TytoCare, produto do Grupo Martins & Romero. Este kit de telemedicina é capaz de realizar exames de pulmão, pele, estômago e ouvido. Tudo isso graças à captação de sons e imagens em alta definição. Tecnologia deste tipo pode ser adquirida para qualquer centro ou posto de saúde. Além disso, seu uso é simples para qualquer profissional de saúde.
- Online e offline. Um dos principais desafios da telemedicina é a necessidade de conexão à internet, o que nem sempre é possível no meio rural. Para resolver isso, dispositivos médicos como o TytoCare podem fazer testes e imagens sem estar online. Todas as informações são armazenadas no dispositivo e podem ser enviadas ao médico assistente ao ar uma conexão com a Internet.
- Abertura de escolas. No ano ado, 300 instituições de ensino fundamental e médio iniciaram aulas mistas nas áreas rurais de Ucayali, Junín, Ica, Madre de Dios e Loreto. A reabertura de escolas em 2021 seguirá o mesmo padrão. Nesses centros educacionais será necessário monitorar a saúde dos alunos e uma boa opção é fazê-lo por meio de aparelhos de telemedicina, cujos exames podem ser carregados para a nuvem ou enviados a médicos de hospitais regionais ou centrais.