Youtuber no vídeo do Facebook: Fraude, Mentiras e Roubo de Direitos Autorais

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Na plataforma Medium, uma entrada sobre as práticas utilizadas por Facebook publicado por Hank Green, um criador de conteúdo profissional no site YouTube.

– Alguns podem pensar que criar e publicar conteúdo em YouTube é divertido, mas no meu caso significa empregar 30 pessoas – apresenta Green, que está no site YouTube executa vários canais, incluindo “SciShow”, “Crash Course” e “Vlogbrothers”. – Temos um negócio pequeno, mas bem sucedido. Facebook é uma plataforma de distribuição de vídeo muito interessante e de desenvolvimento dinâmico para nós. Ele permite que você ganhe destinatários valiosos adicionais, o que obviamente significa dinheiro – enfatiza Green. Mais tarde em seu post, no entanto, ele abandona os elogios no Facebook e a a acusações sérias.

Segundo Green, o primeiro problema com o vídeo do Facebook está relacionado a um tipo de discriminação contra os youtubers. A questão é que, de acordo com os cálculos apresentados no verbete, o material em vídeo é colocado como link para YouTube’e chegará a 20 – 50 mil. Usuários do Facebook, dos quais apenas algumas centenas assistirão ao vídeo.

A situação é completamente diferente no caso do mesmo clipe distribuído apenas usando o player oferecido por Facebook. Aqui, o número de beneficiários oscilará entre 60 e 150 mil. pessoas, e o filme será assistido por dezenas de milhares delas.

Segundo Green, tal comportamento do Facebook, embora possa ser compreensível do ponto de vista empresarial, tem características de discriminar os criadores YouTubee outros serviços de vídeo que postam seu conteúdo na plataforma de Mark Zuckerberg. Ele chama essa prática de “fraude”.

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A segunda pergunta que levanta as dúvidas de Green é como o Facebook constrói estatísticas de visualizações de vídeos, o que é mentira para um YouTuber e explica como essa plataforma conseguiu um grande número de visualizações em feeds de notícias em pouco tempo.

Green enfatiza que em YouTubepara que um display seja considerado pelo contador, ele deve durar (dependendo do comprimento do material) cerca de 30 segundos. É assim que o mecanismo YouTubeElimina os casos de inclusão completamente acidental de um filme que realmente não interessou o espectador.

Enquanto isso, no Facebook, basta que um clipe específico seja lançado por 3 seg. para se qualificar como uma reprodução. Como resultado, as estatísticas do Facebook incluem bilhões de execuções aleatórias, que são causadas, entre outras coisas, pelo mecanismo de ativação automática de vídeos ao rolar o feed de notícias. De acordo com Green, a conclusão é que, se cada uma das visualizações “qualificadas” dos clipes no Facebook durasse cerca de 30 segundos, seu número cairia repentinamente para 20%. O estado atual. Isso, por sua vez, leva à conclusão de que Facebook manipula as estatísticas de popularidade do vídeo em sua plataforma e afirma erroneamente que está no mesmo nível em termos de visualizações YouTube’Essa. De fato, usando a mesma medida de popularidade, a pontuação do Facebook é apenas um quinto das estatísticas YouTube’e.

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No final de seu post, Green não mede palavras e diz diretamente que Facebook rouba vídeos postados em outros lugares na web. Ele cita um relatório da Ogilvy and Tubular Labs, segundo o qual entre 1 mil dos videoclipes mais populares no Facebook no primeiro trimestre deste ano. 725 eram clipes externos e postados sem direitos autorais.

O Youtuber também acusa o Facebook de que o site ainda não aperfeiçoou o mecanismo de verificação da legalidade do conteúdo nele contido, semelhante ao funcionamento do Content ID no YouTube. De acordo com Green, como consequência, os autores de conteúdo original no YouTube, Vine ou Dailymotion perdem uma parte significativa de suas receitas e se tornam vítimas de pirataria, à qual colocam a mão Facebook não ter controle legal suficiente sobre as questões legais em torno dos arquivos publicados.

Wirtualnemedia.pl perguntou Facebook para responder às alegações de Green. Infelizmente, o site não decidiu enviar uma resposta. O posicionamento da empresa sobre o assunto foi apresentado (também na plataforma Medium) por Matt Pakes, gerente de produto do Facebook responsável pelo segmento de vídeos.

– O núcleo do feed de notícias do Facebook é fornecer aos nossos usuários o conteúdo mais adequado no melhor momento – enfatizou Pakes. – Sabemos por experiência que os destinatários reagem muito melhor aos filmes reproduzidos nativamente no site do que a uma situação em que são transferidos para fora por meio de um link e precisam aguardar o carregamento do conteúdo que desejam assistir.

Referindo-se à alegação de Green de manipular o número de visualizações de vídeo, Pakes afirmou que cada método de medição é uma espécie de compromisso. Facebook escolheu esta e nenhuma outra metodologia para que o contador pudesse levar em consideração materiais longos, por exemplo, de 10 minutos publicados em YouTube, bem como formulários curtos de vários segundos publicados, por exemplo, no Vine. Além disso, como Pakes apontou, Facebook fornece aos editores ferramentas avançadas que permitem analisar com precisão por quanto tempo os usuários visualizam clipes específicos.

Pakes também destacou que Facebook leva muito a sério as questões relacionadas à legalidade dos filmes publicados no site. – Nosso sistema Audible Magic permite que você verifique os materiais enviados, cada vez que também prestamos atenção a relatórios sobre conteúdo ilegal. Mas isso não significa que o sistema seja perfeito e continuaremos trabalhando com desenvolvedores e editores para melhorá-lo, assegurou Pakes.

No final de junho deste ano. Facebook teve 1, 49 bilhões de usuários ativos durante o mês, dos quais 1, 31 bilhões usaram o portal em dispositivos móveis e 655 milhões apenas dessa forma.