A conferência foi organizada ontem pela Orange e Oracle. Durante as apresentações e painéis de discussão, os especialistas convidados comprovaram que o desenvolvimento de tecnologias modernas leva às mais importantes mudanças civilizacionais, que devem ser acompanhadas pela mídia, publicidade e empresários para atender às crescentes necessidades dos destinatários.
Nas falas de especialistas de diversas áreas, muitas questões foram levantadas, incluindo o desenvolvimento da arquitetura de TI e seu impacto no comportamento das empresas na rede, a monetização das impressões dos consumidores, o futuro do atendimento ao cliente 2.0 ou o papel das soluções em nuvem no mundo digital.
Uma das apresentações mais interessantes da conferência Digital Lifestyle foi de Yuri Drabent, diretor criativo da agência Like this. – Ainda 4 anos atrás, reinava supremo entre as plataformas de mídia social Facebook e Mark Zuckerberg. Mas os tempos mudaram – disse Drabent. – Hoje, o mundo das mídias sociais não é só isso Facebook, Twitter E se Instagram, onde 40% das marcas do mundo já têm seus perfis. Os aplicativos e plataformas vêm à tona, que muitas vezes são tratados com um grão de sal no início, mas rapidamente se tornam projetos promissores no mercado de comunicação pela Internet – acrescentou.
Drabent deu vários exemplos para provar sua afirmação. Um deles é o Snapchat, que está se tornando cada vez mais popular, mas no início os especialistas em mídia social não sabiam como usar seu potencial. – No entanto, começaram a aparecer exemplos de soluções interessantes usando o Snapchat – disse Drabent. – Uma das empresas recrutou novos funcionários usando este site, nossa agência também usou este site. Usamos para organizar um jogo da cidade e uma campanha para os usuários buscarem ingressos para o evento. Parte disso tudo aconteceu na vida real e parte online. Acho que ainda há muito potencial criativo no Snapchat.
De acordo com Drabent, as estrelas do mercado de mídia social nascem online quase da noite para o dia, e cada plataforma oferece sua própria especificidade que pode ser usada. – Outro exemplo é o Tinder – um site e aplicativo que funciona basicamente como um portal de namoro – explicou o diretor criativo da agência Like it. – A ideia é muito simples. Quando vemos uma foto de uma pessoa que gostamos na tela do smartphone, deslizamos o dedo na tela em uma direção específica para aceitá-la e adicioná-la aos contatos, ou na direção oposta para rejeitá-la. É assim que os usuários fazem amizades online. Esse mecanismo simples foi usado pela Anistia Internacional, a ação consistia em criar um personagem fictício no Tinder bastante repulsivo. Após sua rejeição, os usuários foram redirecionados para as próximas páginas e, finalmente, encontraram uma ação patrocinada pela Anistia Internacional. Uma ideia simples que comprova que chegar ao destinatário com o conteúdo desejado pode acontecer não apenas pelo Facebook – argumentou Drabent.
Entre outras soluções que funcionam fora do mainstream das redes sociais, que podem servir com sucesso como canal de comunicação portadora, Drabent citou ainda o Yo – uma aplicação cuja operação consiste em enviar uma palavra entre os utilizadores – uma chave chamada “Yo”. Nesta ocasião, ele enfatizou a ideia principal de sua apresentação. – Esta aplicação comprova a importância do contexto – disse Drabent. – “Yo” pode significar quase tudo, dependendo de quem a senha é enviada, quem a recebe e em que circunstâncias a comunicação ocorre. A plataforma tem sido utilizada, por exemplo, pelas pessoas que lideram o marketing da seleção sa de futebol. A ação consistia no fato de que após cada gol marcado pelos jogadores ses, os usuários recebiam a mensagem “Yo”. Escusado será dizer que, no caso de nossos jogadores, a ferramenta provavelmente seria desinstalada por si só, embora talvez recentemente houvesse uma chance de que o aplicativo tivesse algo a ver. Mas, por outro lado, o mesmo aplicativo foi usado no Oriente Médio para alertar os moradores sobre um possível ataque com mísseis. Depois de receber a mensagem “Yo” pelo serviço apropriado, o destinatário desta mensagem sabia que deveria se esconder ou evacuar da área de risco de ataque o mais rápido possível. Em uma palavra: “Contexto é tudo”.
Drabent também chamou a atenção para plataformas como Whisper, que permitem postar suas próprias entradas na rede sem fazer . A plataforma libera uma camada de honestidade nos internautas, pois eles se sentem anônimos e seguros. Atualmente, o site tem cerca de quatro milhões de visualizações por mês. Segundo Drabent, tem um potencial de marketing significativo, mas ainda não está claro como usá-lo.
No final, o diretor criativo da agência Likes itiu que as pessoas que trabalham na indústria de mídia social enfrentam uma tarefa difícil. – Atualmente, temos muitos dados sobre usuários de 25 a 34 anos. No entanto, sabemos muito pouco sobre os internautas entre 12 e 19 anos – enfatizou Drabent. – Isso é um equívoco, pois é nessa comunidade que existe força que pode ser utilizada adequadamente para atividades nas redes sociais. Seu comprometimento e lealdade com fenômenos e pessoas que consideram autoridades são evidenciados por carreiras nas redes sociais, por exemplo Saszan ou Dawid Kwiatkowski. Os jovens são ainda uma área pouco explorada para as atividades dos especialistas em comunicação na Internet, que, no entanto, vale a pena explorar para aproveitar ao máximo o potencial do fenômeno conhecido como mídia social – resumiu Drabent.